Sunday, April 29, 2012

Amor suficiente.

Não é como se um não amasse o outro, mas sim a intensidade e a intenção do Amor. De um lado, o poderio, o olhar transpassante e por vezes profundo, olhos de quem desejava apresentar um coração frio pela experiência, para que não a olhassem como imatura. Do outro, a clareza da fala, o poder pela forma sincera; a inteligência, a estratégia personificada. Talvez nunca tenha amado, ou talvez este já tenha mergulhado na incrível sensação da sinergia de sentimentos que formam o Amor, e por isso, o coração já esteja calejado.
Uma barreira criada ao olhar lídimo; a sensação de insegurança do coração que agora é quente; a inquietude da alma que antes era equilibrada! Inimaginável!
A falta da sensação de domínio desperta a vontade de romper, e esta desperta o medo de perder. A distância faz com que os pensamentos sigam rumos ruins. Eis o problema da ausência de rédeas curtas.

O interessante é que ninguém pode escutar ou guiar nosso coração. E você faz parte do ninguém.

"-Mas que pretendes fazer agora?
 - Morrer. 
- Morrer? Que idéia! Deixa-te disso, Estêvão. Não se morre por tão pouco... 
-Morre-se. Quem não padece estas dores não as pode avaliar. O golpe foi profundo, e omeu coração é pusilânime; por mais aborrecível que pareça a idéia da morte, pior, muito pior doque ela, é a de viver. Ah! tu não sabes o que isto é? 
- Sei: um namoro gorado..." 
(A mão e a Luva - Machado de Assis)


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